
Voa passarinho, filha de Obaluaê, orixá da terra e do silêncio, e de Iansã, deidade dos ventos e das tempestades. Ontem perdemos um ser de uma beleza, doçura e luz ímpares.
Doce bárbara, nossa Gal, que encantou tantas gerações, cuja voz era, por si só, uma música. Uma jóia da nossa história, como bem disse Caetano.
A ideia da vida sem Gal Costa, que tristeza ! Ontem adormeci ao som da sua música e uma multidão de sonhos povoaram meu sono. Sonhos da minha infância, da minha adolescência, da minha vida inteira. Os carnavais sob a chuva de prata, as festas do interior, onde explodiam o amor e as estrelas, os domingos de antigamente ao som do vinil na casa dos meus pais.
Ela faz parte de todas as alegrias da minha vida. Ela sempre esteve presente.
Gal é a alegria no seu estado puro, sua espontaneidade doce, profunda, sútil e ácida é um presente. A vida será difícil sem Gal.
O canto dessa filha de Iansã fez tremer o mundo inteiro. O canto de um Brasil doce e saboroso. Honremos seu silêncio, grande filha de Obaluaê !
Seu canto divino ficará. Sempre. Para a eternidade. Te amo Gal.
Obrigada honey baby, por ter nos dado tanto.
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